Não perca um dos textos de "Encontros&Desencontros" aqui no blog!

 



E finalmente, como prometido, aqui está um Conto do livro Encontros&Desencontros de Leydivan S. Lima na íntegra para vocês apreciarem... espero que gostem do Conto que eu selecionei, boa leitura!


A RODA GIGANTE 


    A vida, a nossa vida em si, pode ser comparada a uma enorme roda gigante fincada em um parque, movida não por energia ou elemento físico algum, mas sim pela infalível lei do retorno. 

    Gosto de utilizar esta analogia com a roda gigante, pois ela justifica nossa vida no contexto mais superficial e a explica de forma simples, porém didática. Algo relacionado a uma força motriz invisível, imperceptível, mas bastante ativa em nossa vida, e que nunca falha, para variar. Claro, haverá quem duvide do que estou dizendo, quanto à analogia aqui apresentada, e do ceticismo ferrenho de alguns. Mesmo assim, insistir nela é algo que me parece minimamente certo e sensato. 

    Essa reflexão ocorre todos os dias, e não tenho conhecimento, pelo menos por mim, de quando foi iniciada. Se aplicarmos a analogia da roda gigante movida pela lei do retorno, podemos ver que, assim como no maquinário, a lei que a move é um círculo ininterrupto, ou seja, que não tem - e nunca terá - um fim. Além disso, o brinquedo em si possui lugares diversos, disponíveis para qualquer um que deseje utilizá-los da forma desejada, respeitando a lei do retorno, o que também resulta em efeitos diversos, sejam eles bons ou ruins, não fazendo distinção alguma. 

    Para entender melhor, esses lugares podem ser comparados aos acontecimentos em nossas vidas; aqueles momentos que vêm e voltam frequentemente, alguns bons e outros nem tanto. Mas eles estão ali, à vista, e você pode até estar no lugar mais baixo em um momento e em outro estar em outro lugar. 

    Sabemos que não podemos, pelo fato de estar onde estamos, desanimar, porque uma hora ou outra - cedo ou tarde - estaremos no topo da roda gigante. Do mesmo modo, quem está no meio do brinquedo não pode, nem deveria, de maneira cômoda, satisfazer-se com a posição que ocupa, pois pode não estar no último degrau da parte mais baixa, mas também não está no topo da roda gigante. Portanto, sua posição atual não pode ser considerada alta nem baixa, é como estar em cima do muro em uma discussão importante. 

    Por fim, os ocupantes dos últimos lugares no topo da roda gigante nada mais são do que os vencedores. Os dedicados. Aqueles que fizeram tudo certo e não desistiram. Então, caro leitor, você que teve a paciência de chegar até aqui, deve estar se perguntando onde a lei do retorno entra efetivamente nesses casos, como podemos entendê-la melhor, como entender individualmente o indivíduo que está em baixo, o que está no meio do processo e, por fim, o que está no local mais alto.     

    Bom, é relativamente fácil ligá-los para que, desta maneira, todos os pontos soltos, se ainda ficou algum, se unam: basta pensar ou ter um pouco de empatia, colocando-se nos lugares para podermos entender melhor cada um. Explico em três tópicos: 

    Primeiro: se você estiver no lado mais baixo da roda gigante e não fizer nada para mudar sua situação, e tão somente esperar o movimento natural do giro do motor na roda, assim como a boa vontade do maquinista que opera o brinquedo, em algum momento será tarde demais para mudar e realizar algo efetivo, e provavelmente sua ficha, daquelas que a bilheteira de qualquer brinquedo em um parque de diversões nos dá após pagamento, já terá sido gasta e tornará inútil ou sem valor. Seu tempo terá se esgotado, restando pouco ou quase nada a ser feito, senão pagar por novas fichas e novas voltas no brinquedo. Sua vida será mais cara e improdutiva, além de infeliz. Segundo a lei do retorno, no caso do indivíduo que se encontra no lugar mais baixo da atração, se você estiver lá e não fizer nada para mudar sua posição atual, certamente será nela mesma que você ficará por um bom tempo, vivendo em uma inércia contínua e gradual, até que decida mudar. 

    Segundo: se você está no meio, quer dizer, entre quem está mais baixo e o que está no topo da roda gigante, isso quer dizer, ainda usando a lei, que já esteve no fundo do poço, no lugar mais baixo do brinquedo. Lutou, perseverou, mas em algum momento da vida se perdeu do caminho e, a partir daí, estancou, permanecendo agora sem cair mais, mas obviamente sem alcançar a ascendência que tanto lutou e desejou. Reveja onde errou, refaça o caminho do início e, a partir do encontro do que você identificou como erro, tente não o cometer novamente. Se não fizer nada, talvez, e só talvez, não irá para o andar mais baixo, mas provavelmente você será apenas - infelizmente - o marinheiro que, depois do naufrágio, morreu na areia da praia. 

    Terceiro e último tópico: se você é aquele que possui o lugar no topo, isso significa que todos os passos foram assertivos e tiveram efeito positivo - e construtivo. Agora, é óbvio que quem está no topo da roda gigante, em casos diversos, mas distante da maioria, está onde está não por mérito próprio, ou então alcançou seu lugar de destaque através de práticas e métodos não muito louváveis - digamos assim. 

    Em contrapartida, a verdadeira comunidade massiva dos vencedores, esses que estão no topo merecidamente, sua grande maioria está onde merece estar por conta do seu próprio esforço e dedicação. O que está no topo é alguém que já esteve embaixo de tudo, teve paciência, alcançou o meio da roda gigante, não desistiu, insistiu e chegou aonde queria chegar. Porém, uma boa (ou má) notícia, vai depender da interpretação e disposição do leitor, é que quem chegou ao topo não permanecerá lá por toda a eternidade, ou até mesmo, não permanecerá lá por muito tempo. É uma verdade dura, mas ainda assim uma verdade. 

    Isto quer dizer que os que estão na parcela mais baixa da roda gigante irão, naturalmente, empurrar a parcela que está no meio, sendo assim, consequentemente os que estão no meio irão empurrar os que estão nos últimos lugares da roda gigante. Ou seja, estamos falando de uma roda gigante, mesmo que metaforicamente, ainda é um objeto concreto. O maquinário tem que girar conforme foi desenhado e projetado. Assim como a nossa vida, assim como um círculo, tudo tem sua trajetória programada e seu objetivo a ser cumprido. Mas, calma! Não importa em que lugar você está nesse momento, o que importa é não desistir. 

    Se você é um vencedor, não irá se abalar com a afirmação de que seu lugar é um lugar instável, algo que para mim trata-se de uma verdade, mas sim vai entender, e todos na roda gigante podem também, seu contexto segundo a lei do retorno. Isso significa que sua vida, por ser alguém que chegou lá, será a prova viva ou a prova cabal de sua luta também o fluxo contínuo da roda gigante: todos os dias aqueles do meio na roda gigante, que estancaram no caminho, irão lhe impulsionar para baixo, você vai, queira ou não, de alguma forma, ter de voltar, por um caminho adverso, ao início de tudo e vai precisar de todo o esforço e energia de antigamente. Todas as manhãs de sua vida. 

    Além disso, quem está embaixo irá te olhar com olhos desatentos e também desejará que você fique com eles, pois não desejaram sua ascensão nem a repetição dela. Os do meio irão desejar o mesmo que os debaixo, com o diferencial que terão para você um conceito mais invejoso e soberbo, orgulhoso até, por ocuparem lugares medianos. Se em algum lugar deste caminho ou desta tarefa você perder-se, ficará no lugar onde parou pela última vez. 

    Enfim, nossa vida é uma roda gigante movida pela força da lei do retorno, semelhante a um planeta terra e a lei da gravidade; duas partes muito importantes de um todo. Baixos, médios e altos nessa roda gigante: um distinto do outro, entretanto comuns em um só quesito: não se pode ficar onde está. Não devemos ficar inertes diante de nossas situações. Mova-se, independente de onde for seu lugar na roda gigante, do contrário você será atropelado, não pela roda, mas sim pela lei que a move; a lei do retorno.


Gostaram? Vocês podem adquirir o livro completinho neste link: 

https://www.amazon.com/Encontros-Desencontros-Portuguese-Leydivan-Lima/dp/B0CD12LHVP/ref=mp_s_a_1_3?crid=199IBH7AKMKX3&keywords=Leydivan&qid=1691402673&sprefix=leydivan%20%2Caps%2C334&sr=8-3&fbclid=IwAR2LtCMFyxRYovd4761VGWuBHR5QK2TmTA_Zkrz1Tum0ljPsgxJxYpUjz5I


Gostou do conteúdo? Inscrevam-se no meu Canal onde falo sobre autores e livros nacionais: https://www.youtube.com/@cristudoficial




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Entrevista com o Autor Leonardo Bonomini

Entrevista com o Autor Israel de Oliveira Costa

Já leu "Mãe, Virei Best-Seller!" da Autora Sandra Alves?