Leitura Crítica e Beta - definições, diferenças e se são gratuitas

 


    Tanto a leitura beta quanto a crítica são leituras feitas por terceiros para verificar se há algum problema na história antes de o livro ser publicado.  


    A leitura beta pode ser feita literalmente por qualquer um, ou seja, por um leitor sem nenhum conhecimento técnico, que somente goste de... ler. E o retorno que o leitor beta dá ao escritor é simples e mínimo, do tipo, se gostou ou não da história. Ele pode até ir além desta explicação, mas ninguém pode "cobrar" mais do que isso de um leitor beta.


    É por isso que na maioria das vezes esta leitura não é considerada um serviço, e sim, um voluntariado. Porém, ela pode ser cobrada sim e eu concordo com o pagamento deste serviço. Vou listar aqui o porquê (como sempre digo, não dito regras, só mostro a situação por outro ângulo): 

    1. Quando uma leitura é feita por conhecidos, ela pode ser influenciada pelo relacionamento que este leitor tem com o escritor. O leitor pode ficar meio constrangido em dar a sua opinião honesta sobre a história. E pagar à alguém para fazer isso dá um senso de responsabilidade àquela pessoa. 

    Como é um trabalho, ela se comprometerá mais a ler e cumprir prazos. Já um conhecido, corre o risco de postergar a leitura, pois como é de "graça", já leva aquela tarefa como um "favor" feito ao escritor. 

    2. Alguns leitores fãs daquele autor também costumam fazer leitura beta, porém já percebi que certos fãs ficam cegos à qualquer crítica àquele autor e não darão uma opinião muito acurada. 

   3. Um último ponto é que existe uma grande diferença entre honestidade/sinceridade e grosseria. Muitos críticos parecem sádicos, gostam de deixar o escritor bem para baixo... e sem nenhuma necessidade. A ideia é de que o leitor beta ajude o escritor na construção da história. 

    Já a leitura crítica é feita por uma pessoa que tem olhar crítico e minucioso para perceber se a história é criativa; se tem um bom ritmo; se os personagens são convincentes; se há alguma incoerência. Essa pessoa também dá sugestões de melhorias, etc.

    E este, por motivos óbvios, é um serviço remunerado.

    

     Dito isso, agora apresento o meu trabalho: 

    O autor/escritor faz contato comigo, combinamos todos os termos (tempo de entrega do trabalho, minha forma de trabalhar, forma de pagamento e qualquer outro esclarecimento) e envio todos os meus meios de comunicação, seja email, Direct ou Messenger. Evito WhatsApp, pois não acho tão confiável.

 O autor/escritor me envia o arquivo por email. Assim ele fica seguro ao ter um registro de que o arquivo é dele. Sim! Mesmo sem ISBN ou registro de direitos autorais oficiais, o email é uma forma de provar que aquele livro é dele. 

    Prefiro deixar todas informações registradas por lá, a não ser que precise de algo mais urgente, aí nos comunicamos por mensagem. Inicio a leitura após o envio do arquivo e a primeira parte do valor combinado. 

    Faço a leitura mais de uma vez, anotando os pontos a serem esclarecidos/corrigidos/melhorados, etc além de verificar se a história precisa de revisão. 

    Após isso, faço um relatório indicando todos os pontos a serem melhorados e pontos  fortes do livro com suas respectivas páginas. Envio por email para o autor/escritor e discutimos mais sobre qualquer ponto sem problemas. 

    Não sou dura e nem grosseira em meus apontamentos. Sou apenas direta e sincera, pois a ideia não é "puxar a orelha" do autor/escritor e sim, ajudar a lapidar a escrita. 

    OBS.: Tudo é feito em sigilo. O relatório que faço ao autor é confidencial, assim como o arquivo da história. Acho antiético e até certo ponto sádico o que alguns críticos fazem, falando mal dos autores e das histórias por aí.


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Comentários

  1. Concordo plenamente com você.

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  2. A leitura beta deve ser cobrada sim. É fato que muitos autores tem fãs que fazem a leitura beta e ficam cegos para os pontos que deveriam ter sido melhores. Por isso não procuro fãs, busco apenas leitores🤫 Muito pertinente esse assunto de seu artigo 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Outra coisa: o autor deve estar preparado para receber as críticas e melhorar o texto.

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  3. Não sei... para mim, cobrar para ler um texto não é legal. Claro que cada cabeça, uma sentença. Mas "leitor profissional" realmente não me convence. É a minha opinião.

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  4. Respeitosamente eu discordo, mas é porque há uma confusão de conceitos aqui. Leitura crítica e leitura beta não são a mesma coisa. A leitura crítica é um serviço editorial, geralmente prestado por alguém com conhecimento do mercado e das boas técnicas narrativas. A leitura crítica é uma avaliação técnica e objetiva do texto, e visa identificar falhas de enredo, ou de construção de personagens. Pela sua natureza, a leitura crítica é remunerada. Já a leitura beta é uma coleta das percepções de leitores do público alvo da obra. É o equivalente ao usuário beta dos softwares, e ao espectador beta dos filmes. O que se obtém dos leitores beta são percepções mais subjetivas, quais trechos empolgaram mais os leitores, quais entediaram, quais ficaram confusos, etc. A leitura beta não é remunerada. Como o leitor beta é do público alvo da obra, a vantagem que ele tem é poder ler o livro antes das outras pessoas. Também é comum escritores trocarem leituras beta com seus pares.

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    1. Obrigada pelo comentário. Não sei se foi com você que eu falei sobre a correção do artigo para separar as definições, mas assim que corrigir, vou divulgar este artigo novamente.,

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