Entrevista com o Autor Rodrigo Torres
O Professor de Língua Portuguesa
Rodrigo Torres veio conversar com a gente um pouco sobre ele, seus projetos e
sobre seu livro.
OBS: A entrevista foi respondida
por áudio, logo, foi transcrita e em alguns trechos, resumida.
1. Quando surgiu a ideia
de fazer este manual?
Sou professor há 18 anos
e trabalho com preparatório há 10. Soa um pouco narcisista falar que eu me acho
bom, mas a minha taxa de aprovação é grande. E os alunos falam que o que ensino,
cai na prova. Eu explico e eles entendem de maneira rápida, o preparatório é
uma guerra, eles têm que entender rápido. Aí comecei a aplicar algumas coisas
com os alunos e eles foram se dando bem. Com isso, comecei a pesquisar e reuni
que poderia fazer além da sala de aula (alimentação, concentração, mapa mental,
etc). Tudo que eu fazia com os alunos e já fazia na minha adolescência, era inconsciente.
Hoje eu lido com isso de maneira consciente e eles estão se dando bem, então, pensei
que tudo isso tinha que estar reunido em um lugar só. Foi aí que tive ideia do
manual, é um nome chamativo, sem dicas mirabolantes, sem enganação muito menos
sem mágica ou algo impossível. É um manual realmente, se você seguir aquilo, você
realmente melhora e melhora muito.
2. Você dá aula, qual a
maior dificuldade que você vê nos alunos na hora de estudar?
Tenho alunos das escolas
(Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Graduação, Pós). Mas os alunos do
preparatório são diferentes. O principal problema que encontro com aluno do
curso é essa coisa que vem da escola, porque muitos perderam muito tempo, não
digo que a escola é perda de tempo, mas eles não aproveitaram o tempo lá. Então,
eles chegam no curso com déficit que a gente não consegue solucionar rápido. Quem
tem paciência, sai na frente, quem não tem, desiste de concurso após 2, 3 anos.
Na escola, a grande dificuldade hoje são os novos problemas, onde vou colocar
um dado muito real e assustador: 60% dos alunos têm problemas de concentração e
aí entram diversos fatores extras (tecnologia, redes sociais, família, drogas)
e aumentou muito o número de alunos com TDAH.
3. Sua formação é em
Letras, mas você trabalha como Policial Militar. Como você chegou em uma
profissão tão diferente da sua formação? Conte aqui para a gente um pouco da
sua vida:
Meu pai sempre colocou na
minha cabeça que eu tinha que ter estabilidade. Talvez por ele ter ficado
desempregado com 2 filhos pequenos para criar. E eu sempre pratiquei esportes,
gosto muito, até hoje, aos 41 anos, pratico bastante. E aí o militarismo foi
uma coisa muito próxima ao esporte pelas atividades físicas. Me alistei no
serviço militar obrigatório e participei de 2,3 competições. Aí me deu vontade
de fazer prova para fuzileiro naval, mas não tive orientação de ninguém para
dizer que, já que perderia tempo, que fizesse prova logo para oficial. Peguei meus
livros do 5º ao 8º ano (antigamente era assim) e fiz todos de Português e
Matemática em 5, 6 meses. Passei entre os 50 primeiros e eu, de escola pública.
Ai, quis galgar coisas maiores e tentei o ESA e não passei de primeira, foi uma
tapa sem mão. Aprendi que existia reprovação. Mas tentei de novo e não consegui
passar. E isso foi me abatendo porque o espaço de tempo é de 1 ano para cada
prova. Na 3º vez, abri meu leque: Fiz prova para o Banco do Brasil, SUCAM/RJ e
PM do RJ. Não tive vida social neste período, terminei namoro, me afastei dos
amigos... mas passei para o ESA. Só que lá, descobri que tinha passado em todas
as provas! Então escolhi a PM porque naquela época tinha o sonho de ser
policial, porque sendo criado em comunidade, vendo tudo que acontecia... mas
não foi bem assim, e essa conversa a gente deixa para outro dia. Mas o bom lá é
que trabalhava por escala e tinha muito tempo ocioso. Ia fazer faculdade de
História, mas na última hora, escolhi Letras pela UERJ. Só que era longe de
onde eu morava e tinha muito assalto, então me transferi para a Estácio mas não
me adaptei. Acabei me formando na FEUC, fiz Língua Portugesa, Brasileira, Africana
e de outros Países de Língua Portuguesa. Muitos perguntam sobre esta distinção
de profissões, mas falo que tem tudo a ver... já cheguei a ensinar e prender a
mesma pessoa, mas digo sem clichê que a Educação transforma a pessoa. Temos um
projeto da UPP Rocinha e vejo quanto as pessoas querem se recuperar, é bem
legal.
4. Este é o seu primeiro
livro? Se não é, quais são as suas outras obras?
Não, é o segundo. Cheguei
a publicar pela Prefeitura do Rio quando era revisor da EDUCOPEM, um livro
sobre questões gramaticais atuais porque muitos professores perdem isso em
bancas examinadoras, por exemplo. Então, não pode perder isso, porque cai em
concursos.
5. Você tem algum projeto
futuro na área literária?
A Luisa da Editora Lar
Dos Livros (inclusive foi minha aluna, olha só como são as coisas, agora ela
está publicando o meu livro. Que projeto banca esse dela), falei com ela que
pretendo sim, daqui a 2, 3 anos publicar sobre paternidade porque tenho 2
filhos, um menino e um menina. E queria depois transmitir isso aí. Mas no momento,
só será sobre concursos públicos mesmo.
6. O mercado está cheio
de livros com técnicas para passar em concursos. Qual e o diferencial do seu
livro?
Essa pergunta é muito
boa. O mercado não está cheio só de livros, mas também de páginas, canais, etc
a respeito de concursos mas estou fazendo o livro e refazendo meu Canal no
Youtube, quando faço tudo isso, não estou visando – não estou querendo dizer
que não gosto e não quero ganhar dinheiro com isso – financeiro, não é minha principal
renda, mas eu faço bem feito. O que vou colher, não sei, mas estou plantando direitinho,
estou plantando bem. Então a consequência e que nem que demore, a longo prazo,
vai acontecer alguma coisa, se acontecer a curto, beleza. Mas se acontecer a
curto prazo, envolve marketing agressivo, e de repente você tem que mentir,
escrever qualquer coisa e não quero isso, mas acredito que vá acontecer mais a
médio prazo, mas também não falo de acontecer para eu ficar rico e ter fama, eu
quero mais é ser lido, alcançar mais pessoas. Eu tive oportunidade porque sou
professor de cursos e faço “porta de prova”, é mais para o psicológico deles. Achei
muito legal que já fui reconhecido em São Paulo por alunos que nem foram meus e
eram de outros cursos. Aí veio a ideia de reformular meu Canal para alcançar
bastante gente, o jeito que transmito a Língua Portuguesa acho que está agradando,
porque ter visualização não quer dizer que se tem sucesso. Porque tem gente que
só assiste uma vez e não segue, quer dizer que você não agradou. Então, sucesso
pra mim é a pessoa me ver uma vez e buscar mais. O que quero é atingir o máximo
de pessoas possíveis. Se vier dinheiro junto, OK. Vamos embora.
Agradeço muito ao Autor
pelo tempo dispensado e desejo muito sucesso!
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