Entrevista com o Autor Samuel Mafra
Lúcido em seus argumentos, o Autor Samuel Mafra veio esclarecer um pouco mais sobre o seu novo livro "Eclesiastes 21". Vamos conhecê-lo um pouco mais?
1) Por que o número 21 no título do livro?
O número 21 no título do livro é uma forma de conectar o antigo e o novo, o clássico e o moderno, o sábio e o descolado. É uma homenagem ao rei Salomão, que escreveu o livro de Eclesiastes há quase três milênios, mas cujas palavras ainda são relevantes e inspiradoras para os desafios do século XXI.
Max Gehringer, um renomado autor e influenciador na área de carreira e desenvolvimento profissional, soube aproveitar as citações bíblicas para ilustrar e orientar os leitores sobre diversos aspectos do mundo corporativo, criando, inclusive, uma entrevista com um personagem que, ao final, foi revelado como fictício, e cujas respostas foram extraídas do livro de Eclesiastes.
Seguindo seu exemplo, quero mostrar que a Bíblia, o livro mais lido da história, é aplicável a todas as gerações, culturas e situações. Quero mostrar que Salomão não foi apenas um rei religioso, mas um homem que viveu intensamente, viajou, administrou, se divertiu e compartilhou suas lições de vida com todos.
2) O que o levou a escrever este livro?
Duas paixões me levaram a escrever este livro: a paixão pela Bíblia Sagrada, o qual é o meu livro-base, e a paixão pela leitura e escrita, que me acompanham desde a infância. Sempre gostei de ler livros de diferentes gêneros e estilos, e de anotar minhas impressões e reflexões sobre eles.
Durante minha graduação em Gestão da Tecnologia da Informação, decidi que queria publicar livros e artigos nessa área após a conclusão do curso (projeto em andamento), e para me familiarizar com os bastidores da escrita, comecei publicando na categoria cristã, minha área de atuação e conhecimento. Assim nasceu o Eclesiastes 21.
3) Este é o primeiro volume. Quantos você planeja publicar?
Meu plano é seguir a divisão palindrômica de Eclesiastes proposta pelo teólogo Joel Leitão de Melo. Ele divide o livro em sete partes, cada uma com um tema central. Uma divisão palindrômica é uma forma de organizar um texto em partes que se repetem de forma simétrica, como um palíndromo.
Um palíndromo é uma palavra ou frase que pode ser lida da mesma forma de trás para frente, como “ana” ou “a sacada da casa”. O teólogo Joel Leitão de Melo propôs que o livro de Eclesiastes tem uma estrutura palindrômica, dividindo-o em sete partes, cada uma com um tema central.
A primeira e a sétima partes falam sobre a vaidade da vida; a segunda e a sexta partes falam sobre a sabedoria e a loucura; a terceira e a quinta partes falam sobre o tempo e o destino; e a quarta parte fala sobre o temor a Deus. Essa divisão mostra a harmonia e a beleza do livro, e também ajuda a compreender melhor a sua mensagem. Assim, pretendo publicar sete volumes. Mas não tenho pressa.
Quero antes conhecer melhor o público leitor, suas expectativas, necessidades e interesses, para não falar ao vento nessa vida rápida, multiforme e incontrolável como o vento. Enquanto isso, desenvolvo outros projetos paralelos.
4) Quais são os maiores desafios do missionário nos dias de hoje?
O missionário de hoje enfrenta muitos desafios, tanto externos quanto internos. Externamente, ele precisa pregar a verdade em um mundo de relativizações, que se opõe ao evangelho.
Ele precisa ter a chancela ministerial, ou seja, a confirmação de que seu trabalho está produzindo frutos, transformando vidas, gerando discípulos. Internamente, ele precisa lutar contra si, contra seus maus desejos, pensamentos e atitudes, que podem comprometer sua integridade e seu testemunho.
Ele precisa resistir à corrupção pessoal, que pode vir de várias formas, inclusive na esfera religiosa. Ele precisa discernir entre os verdadeiros e os falsos irmãos, que podem apoiá-lo ou atrapalhá-lo em sua missão.
O missionário é um ser humano, sujeito a falhas e tentações, mas também um instrumento de Deus, chamado a anunciar o Reino de Deus e a demonstrar o poder de Deus na transformação de vidas. Falei aqui dos desafios do verdadeiro missionário.
Os falsos missionários estão dando escândalo diariamente, sendo altamente perigosos por comprometerem a pregação da verdade. Cuidado!
5) Vi no Blog “Leitores e Afins” a respeito da necessidade de correções do livro. Conta um pouco para a gente como foi.
Foi uma experiência de aprendizado e humildade. Achei que publicar um livro seria algo simples e rápido, bastando seguir alguns tutoriais. Mas eu me enganei. Publicar um livro é um processo complexo e demorado, que envolve muitos detalhes e cuidados. Um desses detalhes é a correção ortográfica, que negligenciei na primeira edição do livro (todos erram, não é mesmo? Então confessarei o meu erro: editei o texto no LibreOffice. Rsrs).
Outro detalhe é a opinião dos leitores beta, aqueles que leem o livro antes da publicação oficial e dão um feedback honesto e construtivo. Eu não tive leitores beta na primeira edição do livro, e isso me custou um feedback negativo de um leitor. Levei esse feedback em conta e fiz algumas atualizações no livro, mas sem perder a minha identidade e o meu estilo de escrita.
Sei que cada escritor tem seu público leitor, e que nem todos vão gostar do meu livro. Não escrevo para teólogos exigentes, mas para pessoas simples e normais, como eu.
Escrevo com base na experiência de vida e na minha reflexão sobre o livro de Eclesiastes, que me ensina a buscar o equilíbrio entre a sabedoria e a loucura, entre a santidade e o pecado, entre a alegria e a tristeza.
Muito obrigada ao Autor por disponibilizar seu tempo aqui com a gente.
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