Entrevista com o Autor Ed Barcelos
Vamos conhecer mais um pouco
sobre Ed Barcelos, o Autor de “Neoterra”?
1. Qual foi a inspiração para
escrever “Neoterra”?
Sem dúvidas os X-men. Desde
pequeno, sempre acompanhei a série animada dos X-Men na televisão... Era meu
programa favorito para as manhãs. Depois vieram os filmes e, só em 2005-2006
que eu entrei em contato com o mundo dos quadrinhos.
Lembro que a primeira revista dos
X-men que eu li se chamava “X-men Extra #51” e a partir daí o hábito virou
rotina... Juntava o troco do pão pra poder comprar a próxima edição! Hahaha!
Acho que foi mais ou menos nessa época que comecei a mergulhar nas histórias,
que também comecei a imaginar meus próprios personagens. Mas esses personagens
da época não são os que hoje ganham vida em “Neoterra: A Terra do Amanhã”. Os
atuais nasceram uns dois anos depois, quando eu e um amigo arriscamos a fazer
nosso próprio quadrinho com personagens autorais, tanto que hoje há vários acontecimentos
que são retratados no livro, que foram originalmente desenhados por nós como
quadrinhos. Tivemos 3 edições do quadrinho, com desenhos e textos feitos à mão:
uma com meus personagens, outra com os dele e outra em um crossover de ambos.
2. Você sempre pensou em
escrever?
Não. Originalmente meus
personagens foram desenvolvidos para quadrinhos. Só
recentemente que entrei em
contato com o universo literário dos livros digitais e
plataformas de leitura por meio
de uma amiga que também é escritora, a Eliane Mota, cuja alcunha de autora é
Eliane-Lita. Ela com certeza foi o maior fator que me motivou a dar o primeiro
passo pra escrever o livro. Das várias conversas que tivemos, ela sempre deu um
jeito de me estimular a transformar em capítulos os assuntos das nossas
conversas.
3. Tem projetos futuros?
A gente sempre tem, né? (risos).
Meu objetivo atualmente é concluir a trilogia Neoterra, mas já tenho planejado
um romance também ambientado nesse universo.
Aliás, leitores mais atentos já
devem ter percebido em “Neoterra: A Terra do Amanhã” quem serão os
protagonistas desse romance... Para os que não perceberam, o livro dois
“Neoterra: A Ascensão do Neos” vai trazer essa revelação. Fora isso, também estou
estruturando “no off”, como se diz, outras duas trilogias que ainda não adiantarei
muitos detalhes... Só o que posso revelar é que uma delas irá abordar o lado mais
sobrenatural de Neoterra, contrapondo o lado científico abordado na primeira.
4. Tem uma rotina ou ritual de
escrita?
Eu diria que não... Escrevo
quando vem a inspiração. Mas há de se observar que são mais de 15 anos de ideias
borbulhando na cabeça né? Então, há certas ocasiões que tenho mais inspiração
do que disposição ou tempo para escrever! Hahahahaha (rindo de nervoso). Em
alguns casos também, ocorrem uma atualização de idéias, onde sempre busco
incluir na história algum elemento do meu dia a dia, da nossa sociedade ou
acontecimentos mais atualizados. Neoterra é uma realidade alternativa e lá,
muitas vezes as coisas são resolvidas de formas que não podem ser na nossa
realidade. Acho que em relação ao ritual, é de praxe a pesquisa. Sempre que
quero compor uma cena, capítulo ou ato, faço uma pesquisa sobre as idéias que
quero expor, sempre mantendo a viabilidade como foco. Às vezes inclusive, leio
obras de outros gêneros que não são da minha preferência, principalmente para
me inspirar e criar uma composição mais variadas de ambientação dos meus
personagens.
5. Pretende transformar a
história em hq?
Se surgir oportunidade, com
certeza sim! Na verdade, a história sempre foi pensada em formato de HQ. Porém,
desenhar é infinitamente mais trabalhoso que escrever e, para isso, certamente
dependeria de outra pessoa. Com a conclusão da graduação, percebi que amo
escrever, mas não me encaixo na escrita acadêmica por conta das regras (Para os
que acreditam em signo, sim, aquariano ferrenho por aqui! Hahahah).
Então sim, ainda não descartei
completamente o sonho da HQ, mas depende de
muitos fatores que, por hora,
estão fora do meu alcance e por isso prefiro focar nos livros por agora.
6. Você tem ou teve apoio
familiar para escrever?
Essa é uma pergunta que eu não
consigo responder com uma afirmativa ou uma
negativa simples. De início, não
senti que tive apoio da família... E conversando com outros autores, sinto que
é meio que comum isso. As pessoas tendem a não acreditar muito em nossos sonhos
e esse é um dos maiores motivos para que sempre façamos por nós mesmos e por
nossa própria realização pessoal. Mas, como considero a Eliane-Lita como da
família, então posso dizer que não me senti totalmente desamparado porque ela
sempre esteve ali para me apoiar.
Por outro lado, passada a fase
difícil, e já com os exemplares de teste do livro em
mãos, comecei a perceber um maior
interesse tanto dos meus familiares, quanto dos familiares do meu companheiro.
Em alguns casos, as pessoas realmente precisam ver a realização material do
livro para acreditarem nele. Por isso atualmente posso dizer que não me sinto
mais sem apoio como me senti no início da jornada.
Agradeço demais o Autor por ter cedido
um tempo para a entrevista 😊
Conheça “Neoterra” nestes links:
Excelente entrevista.
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