Trecho do Livro "A Lenda de Xamã"

 






"KAOBI, O PEQUENO NINJA

Na floresta, Kaobi treina sua velocidade ao mirar pe­quenos ninjas esculpidos em madeira na clareira. Sua agi­lidade é notável, conseguindo atingir 12 dos 16 ninjas sem cair ao chão usando a técnica da garra de aço, a primeira técnica que ele dominou aos 2 anos de idade, ao observar um treinamento de sua mãe, Naumy. No entanto, apesar de sua determinação, algo o impede de derrubar o 13º ninja de madeira, deixando-o faminto.

“Salte e assopre o chão!” Uma voz ecoa em seu ouvi­do.

(Ploft!) “O que é isso? Estou enlouquecendo?” Kaobi se indaga enquanto cai sentado sob um dos bonecos ninja, perplexo com a suposta voz fantasmagórica que lhe fala.

Outra tentativa e... “Salte e assopre o chão!”

(Ploft!) “Ai, minha cabeça! Isso dói muito! Será que estou ficando maluco? Melhor ir comer, parece que meu estômago está falando comigo.” Kaobi, ainda um pouco atordoado, olha para algo entre as árvores.

— Quem está aí? Pai? Hey, apareça, estou com fome! — Kaobi pergunta, mas apenas o silêncio reina. Confuso, ele decide ir para casa, mancando por causa da queda e com um galo na cabeça.

— La la la, ri, la la la — Kaobi cantarola enquanto toma um banho quente em um barril. — Minha arte é fazer, o poder ser o maior... Ai, isso dói! Melhor sair, a comida deve estar pronta! Por que meu pai não chega logo? Já está fican­do tarde! O coelho que preparei já deve estar pronto.

Subitamente, uma sombra passa pela janela da casa.

— Pai, é você? — Grita Kaobi, buscando sua camisa. Enquanto ele procura a camisa, ouve um barulho e vê uma sombra surgir com um estalo de madeira. Ele cai sentado e nota que seu jantar desapareceu da mesa. A sombra tam­bém se esvaiu.

— Aiiiii! Cadê meu jantar? Alguém roubou! Preciso encontrá-lo lá fora.

No entanto, ao sair de casa, Kaobi encontra seu jan­tar pendurado no galho de sua árvore favorita, em frente à casa.

— Se você for até lá, sua fome aumentará!

— Pelo amor de minha mãe, que loucura é essa? Eu só quero minha janta! Kaobi lamenta, perplexo com a voz em sua mente. Ele se dirige ao jantar pendurado na árvore, salta com um rodopio no ar e tenta pegá-lo. Mas antes que possa fazer isso, uma rede cai sobre ele, prendendo-o ao chão.

— Então você é o pequeno Kaobi, filho do mestre Kaobi? Achei que fosse mais esperto. Sou Kibah, da ilha de Meltz, ao sul do planeta Monkey. Fui enviado para ser seu companheiro de equipe no 41° torneio das constelações, mas você parece bem fraco.

— Deixe-me sair daqui, vou mostrar a você quem é o fraco, seu narigudo de saia! Kaobi grita para Kibah, en­quanto tenta escapar da rede que o aprisiona.

Kibah solta a rede e se apresenta:

— Seu pai me convidou para ser seu companheiro de equipe, mas demorei um mês para chegar até aqui. No en­tanto, percebi que algo aconteceu na ilha gêmea de Meltz, no planeta Monkey. Além disso, a filha do mestre Jardel, Miremi, do planeta Fox, está desaparecida. Você a viu?

— Não vi nada, seu narigudo! Só quero comer meu coelho. Agora você vai ver que ninguém mexe com o gran­de Kaobi!

Kaobi ataca Kibah com sua técnica das garras de aço. Mas Kibah desvia facilmente e dá um golpe atordoante na cabeça de Kaobi, fazendo-o cair no chão com lágrimas nos olhos.

— Vamos para dentro, Kaobi, não vim para lutar. Sou seu amigo, e meu pai é amigo do seu. Estava esperando para ser seu companheiro de equipe no torneio. Você está com fome, pequeno Kaobi?

— Kibah estende a mão, e Kaobi, ainda ruborizado e envergonhado, entra correndo para a casa, pronto para desfrutar da tão esperada refeição.

Um menino, de olhos grandes, negros e redondos, orelhas pontudas e lábios carnudos cor de vinho, uma pin­ta da mesma cor em sua testa, com três listras escuras em cada face de seu rosto levemente marrom lembrando um tigre, seu nariz comprido e fino e seu cabelo prateado com vinho, saído como tranças no centro da cabeça, pois nas la­terais é careca, e compridos alternado entre prateado e vi­nho lembrando uma zebra terráquea. Vestindo uma camisa colada ao corpo, vermelha com bordas negras, subindo até seu pescoço formando um “V” e ombreiras de metal mar­rom unidas com um cordão de bronze em seu peito, e usan­do uma saia samurai de cor preta até o chão, cobrindo sua sapatilha marrom, com um machado de duas lâminas nas costas, se apresenta rindo Kibah"



Gostou? Adquira a história completa aqui:

Comentários

  1. Um dos melhores livros de fantasia dos últimos anos! Parabéns!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Entrevista com o Autor Leonardo Bonomini

Entrevista com o Autor Israel de Oliveira Costa

Já leu "Mãe, Virei Best-Seller!" da Autora Sandra Alves?