Trecho de "Os Olhos: Aqueles que Habitam os Céus"
"(...) Olhei mais duas vezes
confirmando, estava correto, entretanto, o conteúdo não era bom. Novamente
corri. Percebi que os comandantes não estavam em suas salas, então fui em
direção ao laboratório, pois sabia que o engenheiro guardava um rádio.
— Albert! — Berrei outra vez. —
Preciso que chame Tobias e Theodor aqui, imediatamente! — Ordenei sem
explicações.
— Calma, até parece que achou o
Santo Graal. — Retorquiu, ao prender seus longos cabelos em um coque, que
segurou com uma caneta.
— Praticamente. Desvendei os
códigos, consegui traduzir.
O susto foi tão grande que ele
caiu da cadeira. Não tive como segurar a risada, há tanto tempo não via graça
em algo simplório.
— O que dizia? — Indagou ainda no
chão.
— Passe o rádio para a chefia e
vá com eles até o meu escritório. Lá, conto tudo para os três, uma única vez. —
Ele continuou parado, me observando. — Vá logo, não perca tempo! E saí para
organizar a minha apresentação.
Não passou nem quinze minutos
quando os três homens afoitos adentraram a minha porta. Theodor saiu procurando
por sua cadeira, já os demais ficaram incrédulos com a “decoração”: papéis se
espalhavam por tudo, grudados nas paredes, móveis, por todos os cantos, havia
anotações e rabiscos.
Sem delongas, iniciei a
explicação.
— Logo percebi serem hieróglifos. Pareciam se
misturar entre pictogramas, determinantes e ideogramas. Também encontrei
similaridade com algumas linguagens antigas, e nada se encaixava. Tentei
verificar diversas posições de leitura, tentando encontrar um significado. E
mais uma vez, nada. — Os homens não interromperam, permitiram que eu seguisse
com a explicação. (...)"
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