Livros da Autora Conheça um pouco mais da Autora Graziella Moraes e o realismo mágico de suas obras. 1. Q uando você começou a escrever? 1. Comecei a escrever logo que comecei a ler, com uns cinco ou seis anos. O primeiro poema tinha o título ¨Tenho uma rosa no meu quarto¨. Sempre li muito, principalmente Fernando Pessoa, Jorge Amado, Saramago e muitos outros. Sigo lendo sem parar. Escrevi para teatro, cinema, televisão e literatura. Na TV Globo trabalhei no seriado Mulher e no jornalístico policial Linha Direta. 2. 2. Você escreve mais de um livro/ano. Como você consegue inspiração para isso? 2. Na verdade, apenas nos últimos dois anos lancei dois livros em cada um desses anos. Pretendia lançar apenas um, mas a preocupação social sempre me pega pela mão e me leva. O mundo injusto está à nossa volta. A inspiração vem de muita pesquisa, muita mesmo. Principalmente depoimentos de pessoas que vivem situações que s...
1) Qual foi sua inspiração para escrever estes contos? O projeto desse livro nasceu em 2013 para o Prêmio SESC de Literatura. Ele concorreu, mas infelizmente não ganhou. Então resolvi levar o projeto adiante e publicá-lo de forma independente. Cada um dos contos nasceu numa época diferente de minha vida e surgiram de inspirações diversas. Alguns escrevi quando era bem jovem como foi o caso de BELO e O FANTASMA LOIRO, que passaram por uma revisão e atualização para não ficarem datados, tendo em vista a época em que foram escritos. Certas situações já não cabiam na época atual. Eles foram inspirados em cenas que vi. No caso de O Fantasma Loiro eu estava andando pelas ruas do Saara, que é um local no Rio de Janeiro com ruas com várias lojas, de sobrados antigos e num deles, sentado na soleira, estava esse rapaz, conforme eu o descrevo no conto. Achei ele bonito, mas quando eu olhei de novo, ele tinha sumido. De imediato me veio a ...
Deslizamos, eu e Raul, na poça d´água que o chão tinha se tornado e chegamos encharcados a um dos ônibus. Era o dele! Inocente, ou sei lá qual outro nome que lhe tinham dado, subia as escadas do veículo. Se ele ia embora da Cidade das Músicas eu também iria! Nesse momento entendi porque estávamos nós, os moradores em situação de rua, sendo expulsos da rodoviária. Vi uma faixa em que estava escrito que a Cidade das Músicas dava as boas-vindas ao congresso de turismo musical mundial. Eu era uma das notas que desafinava nesse encontro de ilustres de todas as partes. Ser cantora miserável e, ainda por cima, das ruas não me qualificava para evento de tal porte. Tomei consciência dessa justificativa para nos apagarem do ambiente quando já me encontrava, rindo, gargalhando mesmo, dentro do bagageiro do ônibus. — Ninguém manda a gente embora de lugar nenhum. Certo, Raul? Se a gente sai é porque a gente quer. Raul lambeu as minhas mãos, num claro sinal de concordância. Um ditado diz...
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