Ler&Criar Livros

  Pessoal, eu peguei este Conto da Coletânea de "Dedo Em Riste, Verso Em Prosa!" para vocês terem um gostinho deste livro maravilhoso: "NAS RUAS, OS SENTIMENTOS ESTÃO MISTURADOS AOS PERFUMES  I  Quando eu lecionava língua portuguesa para os alunos do primeiro ano do ensino médio tentei despertar neles logo de cara algum sentimento que os fizesse lembrar de mim: raiva, ódio, alegria, pena. Qualquer que fosse. Decidi apresentá-los à poesia haikai.  Levei várias amostras, algumas brasileiras bem legais onde destacava as do Leminski. Aos cinco minutos do primeiro tempo, eu já pensava em acenar pro técnico e pedir substituição. Mas não havia ninguém no banco nem pra se aquecer. Enquanto agonizava, via se desenrolar em câmera lenta pelo menos uns malditos cinquenta minutos pela frente. Minhas vinganças sempre foram cruéis, geralmente proporcionais ao desprezo da classe. E naquele primeiro dia, primeira aula, retorno das férias de fim de ano, carnaval se aproximando, o desinter

  Conversei um pouco com o fã de anime e Autor Leonardo Bonomini: 1. Este é o volume Um. Quantos livros terão?  Serão dois volumes ao todo, dentro do volume 1 tem um extra, um tipo de prelúdio relatando a origem da ordem dos guerreiros dos 7 elementos e das pedras elementais que despertam os poderes dos guerreiros além da lista de músicas da playlist do livro, no segundo livro terá como extra um conto prelúdio relatando mais da guerra celestial mencionada no capítulo 1 deste livro.  2. Você se inspirou em pessoas reais para fazer os personagens? Sim, um dos personagens principais sou eu mesmo e seu par romântico é baseado em um amor do passado ao mesmo tempo que no meu amor futuro que conheci e noivei a pouco tempo. todos os outros personagens foram baseados em pessoas que convivi ou convivo, alguns de longe outros de perto.  3. Você gosta de anime, não? É que senti um "quê" do gênero na narrativa.  Curto muito animes, meu preferido é Naruto, tanto que tem várias músicas dele

       Uma jovem escritora de início de carreira superando obstáculos físicos e emocionais para alcançar seu sonho de viver da escrita.       Sem nenhuma orientação (somente com a sua própria, ou melhor, do Google), ela passa por muitos erros e acertos para atingir o sucesso e ao mesmo tempo, driblar todos os problemas familiares (a família é hilária e ao mesmo tempo, bem confusa).       Não achem que este é apenas um livro de comédia romântica e que para por aí.       Acreditem, ele tem muita relevância, não só para leitores comuns, mas para os próprios escritores.              Sim! A Autora fala de várias situações reais em seu livro, desde a falta de incentivo familiar na carreira literária até a cultura do cancelamento com acusação de plágio.       É claro que são assuntos rotineiros de quem escreve, mas tratado de forma descontraída e tão divertida que me peguei rindo sozinha várias vezes, enquanto lia.      É altamente recomendável porque ao mesmo tempo que é uma história, uma na

  "(...) Um pouco mais de 6 anos se passaram e, então, as coisas começaram a mudar de rumo. Era um tempo em que muitas mudanças aconteciam, já começando por Manuel, que, certa vez, chegou do trabalho acompanhado de uma mulher muito bonita, de cabelos curtos e bem-penteados, maquiagem pesada, olhar frio e semblante autoritário.       Ela caminhava pela casa vestida em seu costume branco, de calça e blusa de mangas longas, e observava tudo ao seu redor de forma crítica, mantendo-se o tempo todo calada, quase que ignorando a presença das crianças. Enquanto isso, o pai informava a todos que o nome dela era Eugênia e que, a partir de então, ela passaria a viver com eles e seria a nova mãe. As crianças deveriam aceitar a nova constelação familiar e respeitá-la como tal. Esta era uma situação normal na época.       As crianças nunca retrucavam ou colocavam em dúvida a palavra do pai, que era o senhor da casa. As novas informações eram, na verdade, regras de uma lei que ele mesmo aprovou.

       Uma coletânea de contos com temas diversos, sendo que a maioria são de alienação mental, violência e tudo mais de sombrio que há no comportamento humano.           Literalmente, os temas vão desde coisas do dia-a-dia até toques sobrenaturais.       Antes, preciso fazer um adendo aqui. Este ano, estou me despindo de muitos preconceitos "literários" que eu tinha: Não gostava de poemas, terror, leituras com assuntos mais reflexivos, etc. Abri a minha mente e isso tem me feito muito bem.       Agora, voltando à resenha.       Ler estes contos (a maioria deles pelo menos) é como se fosse um "soco no estômago", mostrando assassinatos, tráfico de drogas, obsessões, transtornos comportamentais, etc.       O livro já começa com o "pé na porta": o Autor nem dá tempo ao leitor de "situar-se" na narrativa.      Não digo que isso é ruim. Apesar dos temas pesados, comparo a leitura como um acidente grave que a gente não consegue deixar de ver.       Há

  "(...) Embora este capítulo possa parecer um tanto fútil, ele é necessário para que o leitor possa compreender a evolução dos acontecimentos, os quais me levaram a sofrer crises importantes. Foi na segunda semana de minha estadia na NM que encontrei Érica.       Eu estava auxiliando na horta, colocando o fertilizante de acordo com as instruções dos coordenadores. Ao meu lado estava uma moça de uns 20 anos, morena. Era uma terráquea, sem dúvida. Não estou dizendo isso pela função dela, mas pela aparência física. No entanto, estava usando uniforme branco, exclusivo de landianos. Percebi que ela estava falando sozinha:       — Droga, acabou o meu fertilizante — a ouvi falar baixo, para si mesma.       Virei-me e perguntei:       — Você é do Brasil?       Ela assustou-se com minha pergunta e respondeu:       — Sou, sim, como adivinhou?            Respondi que a ouvi falando em monólogo. Ela riu bastante e respondeu que era do Nordeste, sem especificar o estado. É preciso explicar ao

  Este é o capítulo Oito do Livro "Eclesiastes 21" do Autor Samuel Mafra: "(...)Kohelet chegou ao palácio, quando já o sol era posto. Em um grande coral, cantores e cantoras apresentavam em uníssono os louvores de Israel, enquanto os instrumentos de música de toda sorte traziam os melhores repertórios conduzidos pelo regente.  Ao término daqueles belos salmos, toda a equipe dava ouvidos, atentamente, às palavras do rei de Israel: — Estou cansado! — Disse Kohelet. Às vezes sinto vontade de parar tudo, mas não consigo. Nossos olhos veem por escolha e quando estão fechados, fazemos observação mental.  A partir daí temos experiência, examinando e discernindo, no hebraico, râʼâh, conforme Strong (7200). Observar a vida traz muito enfado. Não é melhor viver sem investigar? Mas isso não é viver, e sim, vegetar… Todas as coisas trazem canseira. O homem, nenhum homem, nenhum povo ou pessoa, mesmo sendo bom, grande, campeão e poderoso, não consegue descrevê-las.  Nas palavras de S

  Criativo e multitarefas, o Autor Joaquim Procopio falou um pouco sobre a sua vida e o processo de escrita do livro 'Meu Amigo Greg": 1. Quando surgiu a vontade de escrever esta história?  Na realidade, não surgiu uma vontade, mas uma necessidade. Eu até achei meio estranho acontecer isso, mas algo me dizia que eu devia escrever. Que era importante que eu escrevesse. Isso foi em junho de 2021 e toda a ideia do livro me veio a mente em um período de apenas 2 meses.  Eu não precisei pensar no roteiro do livro. Estava tudo claro na minha mente.  Gastei mais uns 6 meses apenas na organização do livro.  2. Quais são as diferenças entre escrever artigos científicos e histórias?  A diferença é muito grande. O material científico precisa ser escrito dentro de normas relativamente rígidas. Eu já escrevi muitos capítulos de livros científicos. Há margem para diferentes estratégias didáticas mas não se pode fugir da ciência.  3. Pretende escrever mais histórias?  Ainda não sei. Eu acho

  Uma pessoa tranquila e alegre, a Autora Monica Heinen veio conversar um pouco com a gente sobre a sua vida e o seu livro "Onde As Raízes Estão": 1. Quando você decidiu começar a escrever?   A ideia de escrever um livro surgiu enquanto eu assistia uma novela. Eu fiquei decepcionada com a falta de criatividade dos autores em trazer algo novo para os telespectadores. As telenovelas brasileiras são conhecidas no mundo todo e parece que os temas estão acabando! Foi então que comentei com minha irmã que, com certeza eu poderia escrever algo e ser bem mais criativa do que muita gente por aí. Só a história de minha vida já daria um bom livro cheio de dramas!  O que começou como uma brincadeira, acabou despertando em mim algo que pensei ter perdido há anos, pois sempre gostei de escrever. Foi assim que nasceu uma historia, quase “biográfica , cheia de imaginação que, depois de alguns capítulos, transformou-se em uma história de ficção com detalhes verdadeiros e que não fogem da real

  Blake Snyder não parou na estrutura de roteiros em "Save The Cat!", ele também apontou 10 gêneros de histórias que bem ou mal, são sempre "copiadas" em filmes. Veja bem, não falo de plágio e sim, de estruturas pré existentes onde o autor desenvolve a sua história. Ou seja, quase tudo já existe na criação, porém a originalidade dependerá do desenvolvimento da obra, além da "mistura" deste gêneros. Neste artigo falarei rapidamente de cada uma e apontarei quais delas o Autor Marcelo Rodrigues utilizou em seu livro "Bodas de Papel". 1. Monster in the house: Um monstro à solta em um lugar confinado; 2. O Pomo de ouro: Uma recompensa almejada até o final da história; 3. O peixe fora d'água: Retira-se o personagem do seu lugar comum e o coloca fora da sua realidade; 4. Um cara com um problema: Pessoa comum com um problema na mão; 5. Ritual de passagem: O protagonista começa a lidar com um problema de forma errada, até que se dá conta do erro e ace